Sade
2012
Marquês de Sade (1740-1814), escritor francês nascido em Paris, e devido ao seu nome se deriva o termo médico sadismo (perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do parceiro ou parceiros). Terminou seus estudos no Lycée Louis-le-Grand (1754) e ingressou no Exército, depois de sete anos de guerra volta como capitão de cavalaria. Seu primeiro caso relatado de sadismo ocorreu em Aix-en-Provence, quando torturou prazerosamente uma moça. Sendo condenado a morte, porém foi absolvido posteriormente, repetindo estes casos inúmeras vezes em cidades como Arcueil e Marselha. Depois de ser preso várias vezes, foi encarcerado definitivamente em Vincennes (1777), de onde foi transferido para a prisão da Bastilha (1784). Esteve internado no hospício de Charenton (1789-1790, 1801-1814), onde faleceu. Foi neste hospício e tendo os próprios loucos como atores que ele conseguiu montar suas peças, entre elas Les 120 journées de Sodome (1785), Justine ou les malheurs de la vertu (1791), La Philosophie dans le boudoir (1795), Pauline et Belval (1796) e Juliette ou les Prospérités du vice (1798). Obras marcadas pelo retrato dos costumes vigentes na França, e diversas descrições de perversões sexuais, que até hoje causam espanto com a intensidade das obras. Em A Filosofia na Alcova, Sade faz uma destrutiva critica não somente ao cristianismo, mas também a questões morais, porém o que é mais evidente é o ataque contra a igreja e a nobreza de sua época. Em sua obra revela a educação sexual da jovem Eugênia, tendo como mestre a Madame e Dolmacé. Participam também o jardineiro e Mirvel (irmão da Madame) em seu texto. A obra inicia em um diálogo entre Madame e seu irmão comentando sobre dois outros personagens (Dolmancé e Eugênia), relatando sobre seus aspectos físicos, “é alto, lindo aspecto, olhos vivos e espirituoso” , “os cabelos longos castanhos, que descem até as coxas, a pele é de uma brancura de neve, o nariz