Sabinada
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A rebelião. A Sabinada foi uma rebelião contra o poder central, ocorrida na Bahia. Um de seus lideres foi Francisco Sabino Vieira, médico e jornalista, do qual decorreu o nome de Sabinada. Da rebelião participaram as camadas médias da sociedade baiana; oficiais militares, profissionais liberais, funcionários públicos, pequenos comerciantes e artesãos. No decorrer do ano de 1837, difundiram-se boatos de levante e rebelião em Salvador. O poder central do Rio de Janeiro foi informado de tal ameaça em maio, pelo presidente da província, Sousa Paraíso. O Novo Diário da Bahia, publicado por Sabino, pregava abertamente a revolução, e os "clubes" revolucionários atuavam sem restrições. No início de novembro várias denúncias chegaram às autoridades, mas Sousa Paraíso limitou-se, no dia 4 de novembro, a alertar os baianos contra os "desorganizadores" que pretendiam a separação da Bahia. Finalmente, a rebelião longamente denunciada eclodiu no dia 6 de novembro de 1837. Às oito horas da noite desse dia, os líderes, entre eles Sabino, dirigiram-se ao Forte de São Pedro.
O presidente da província, Paraíso, e o seu comandante das Armas, Luís França, que até então não haviam tomado nenhuma medida, perderam rapidamente o controle da situação. As tropas foram aderindo aos rebeldes e ambos se viram obrigados a fugir. Na manhã do dia 7, os rebeldes dirigiram-se à Câmara Municipal de Salvador e convocaram uma sessão extraordinária. Nela apresentaram um documento que declarava a independência da Bahia. Nomeava-se como presidente Inocêncio Rocha Galvão, um advogado que se exilou nos Estados Unidos, acusado de ter participado do assassinato do comandante das Armas em 1824. Era uma nomeação simbólica, pois Inocêncio Rocha Galvão não voltou à Bahia. A presidência foi entregue ao vice, João Carneiro da Silva Rego; Sérgio José Veloso assumiu o cargo de comandante das