Saber e Poder em Foucault
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
Saber e poder em Foucault
Trabalho de conclusão da disciplina Teoria das Ciências Humanas III (FLF0462),
Prof. Vladimir Safatle.
São Paulo
2011
RESUMO
O trabalho de Foucault em epistemologia implica numa produção de conhecimento que acontece necessariamente sob formações históricas especificas. Foucault empreende uma arqueologia do saber para mostrar como os modos do saber não são naturais mas esculpidos de uma estrutura de pensamento pré estabelecida. Sua investigação se dedica ao nexo conhecimento e prática (saber/poder). O trabalho sobre a genealogia do poder mostrou como discursos acadêmicos específicos emergiram não como resultado neutro da investigação mas enquanto conseqüências diretas de relações de poder. Para Foucault o poder está implicado em todos os sistemas de conhecimento e dessa forma noções de razão ou verdade são produtos de circunstancias históricas. O conceito de verdade altera-se de acordo com o curso da história dado que não tem como referencia uma noção predeterminada ou fundamental. Dessa forma a episteme de uma época seria dependente de uma estrutura determinada de poder. Foucault vê o conceito de verdade não como um conceito empiricamente verificável mas como uma ferramenta de resistência ao poder. A questão central de epistemologia, a preocupação com os critérios para determinar a verdade, é substituída por uma noção prática de poder como instrumento. O pensamento de Foucault desterritorializa os volumes e as bordas. É topológico. Foucault soube distinguir formações históricas e fazer a arqueologia do que se podia enunciar.; quando. O novo arquivista avisa que só se ocupará de enunciados. Não tratará nem de proposições nem de frases: porque remetem verticalmente a axiomas que determinam constantes intrínsecas e um sistema hegemônico; porque suas regras de formação são laterais e redutíveis ao contexto. O enunciado ele