Saber e pensart
Como era comum na comunicação oral helénica, Platão conta o que outro relatou, o sucedido a um habitante arménio, Panfílio de nascimento, propriamente um guerreiro, que fora morto em batalha. Dias depois o seu corpo estava ainda incorrupto, e ressuscitaria ao décimo segundo dia na sua pira funerária, para contar o que virá depois da morte. Assim, Platão conta o que outro supostamente observou e comunicou a outros.
Influências
Platão revela nos seus mitos influência pitagórica e oriental. Os seus motivos, desde a reencarnação ao julgamento divino, desde a purificação da alma (se bem que Platão desconsidere os ritos em nome da purificação interior) à crença na sua imortalidade, desde a sua concepção kármica da existência terrestre à importância dada à meditação e contemplação – os seus motivos são naturalmente de matriz oriental, provavelmente mediante o contacto com os pitagóricos, o que não obvia a inegável criatividade e o poderio manifestados quer nos seus mitos, quer na sua obra em geral.
O seu pensamento revela ainda influências de matriz órfica. Os mitos de Orfeu têm uma origem antiga, mesmo para Platão e relativamente à estrutura do Panteão helénico da época.
Repercussão na Antiguidade
O Mito de Er teve um papel crucial na fixação duma escatologia com castigos e recompensas de acordo com a conduta moral do indivíduo.
Cícero tem mesmo, na obra De Republica, um trecho chamado Sonho de Cipião que constitui uma réplica do mito platónico.
Conlcusão
O mito cumpre assim a sua tarefa pedagógica, moralizante, contra as velhas