Saber, pesquisar e praticar Psicologia
Relacionar criticamente os três textos abaixo referentes às diferentes maneiras de saber, pesquisar e praticar Psicologia.
• Figueiredo, L.C.M. Investigação em Psicologia Clínica.
• Ferreira, A.A.L. A psicologia como saber mestiço: o cruzamento múltiplo entre práticas sociais e conceitos científicos.
• Foucault, M. A pesquisa científica e a psicologia.
Ao ler esses três textos e tentar relacioná-los, o que me veio à cabeça foi a dicotomia científico/ não-científico. E assim como essa dicotomia, quando penso em psicologia diversas outras aparecem: estímulo/resposta, consciente/inconsciente, todo/parte, mente/corpo, racional/irracional, figura/fundo, indivíduo/sociedade, objetividade/subjetividade, razão/emoção... Uma infinidade de divisões dentro do que entendo por psicologia. E então, pensando em como fazer uma análise crítica sobre esses textos, inicialmente, decidi por fazer um levantamento histórico sobre as origens da psicologia, para entender o motivo pelo qual, atualmente, ela se apresenta nessa pluralidade de fazeres e saberes que a caracterizam.
E nesse levantamento histórico, percorri por filósofos desde a Antiguidade greco-romana até a contemporaneidade, no intuito de constatar a contribuição da Epistemologia – enquanto Teoria do Conhecimento – para a compreensão desse “solo” fundador da psicologia.
E assim sendo, de fato pude ver o processo histórico de constituição da subjetividade, que de fato só pôde emergir enquanto uma hermenêutica de si durante a era cristã, com o homem deixando de buscar a essência dos seres para buscar a sua essência, individualizada e voltada para o encontro com Deus. Vi também o processo de racionalização desse eu a partir das ideias de Descartes, que rompeu com a noção de que as ideias vêm de Deus para propor a sua máxima: o homem enquanto um ser pensante. Percebi, também com Descartes, o início de um projeto de purificação deste sujeito do conhecimento, com um rigor metodológico que