Rádio
Visto ser o único a não ter como suporte a imagem, a rádio tende a criar imagens mentais aos receptores, através de códigos e ícones da realidade que uma determinada sonoridade emite. Os ouvintes conseguem decifrar o som porque existe à priori um conhecimento da realidade, constituindo, assim, o seu reportório de códigos. Também o comunicador tem de se esforçar para conseguir chegar a realidade aos ouvintes, aliando os sons à palavra para que sejam criados efeitos positivos na assimilação da mensagem – Só assim é possivel haver uma “impressão da realidade”.
Estes sons tratam-se de sons produzidos num dado momento/situação , num determinado evento ou expressado por um protagonista tornando-se um ícone informativo . Através do som ambiente é possivel identificar a gravidade da situação, tal como a sua dimensão e a adesão do público variando de caso para caso. A identificação do orador cria uma imagem mais aprofundada através das suas declarações, identificando assim a sua euforia, revolta ou até mesmo agonia relativamente ao assunto.
Há uma diferença entre a realidade real – aquela que reporta o acontecimento real – e a realidade radiofónica que se trata de uma manipulação de sonoridades que acaba por levar aos seus ouvintes uma mensagem distorcida da realidade . As mensagens , regra geral, sofrem uma continuidade sonora que neste caso é alterada e dá origem a uma nova realidade influênciando o modo de pensar dos eleitores. No entanto, esta informação não se pode afastar muito da informação real por uma questão de credibilidade.
As imagens que são produzidas através do som - imagens auditivas- têm um caracter informativo, referencial e expressivo, ajudando a compreender o conteúdo, aspectos conotativos e identificação geográfica. Cabe ao