Ruídos
Por definição, ruídos são quaisquer sinais que têm a capacidade de reduzir a inteligibilidade de uma informação de som, imagem ou dados. Não fossem os ruídos, um sinal desejado poderia ser amplificado por uma cascata de amplificadores e/ou filtros de alto ganho e, então, informações de reduzidíssima energia poderiam ser detectadas sem problema. Acontece que, quando amplificamos um sinal, o ruído é também amplificado.
No entanto, os ruídos também têm seu lado útil, pois devido à sua riqueza espectral, alguns tipos de ruídos servem de fonte para a síntese da fala, de inúmeros sons da natureza e de sons de instrumentos musicais. Além disso, são úteis para a calibração de equipamentos eletrônicos, como sinais de teste, e nas medidas das características de filtros, amplificadores, sistemas de áudio eletroacústicos e outros sistemas.
Os ruídos não possuem uma expressão matemática no tempo que os definam, não podendo ser preditos no tempo, nem mesmo depois de detectados, exceto em casos como o ruído de interferência de 60 Hz. No entanto, é possível caracterizá-los no tempo e na frequência, como veremos mais adiante.
O nível de influência de um ruído nos sistemas eletrônicos é apresentado de várias formas. Uma das mais importantes é a razão entre a potência do sinal desejado e a potência do ruído ou, simplesmente, razão sinal/ruído (SNR). Uma outra forma é a caracterização de um sistema e não de um sinal, chamada de faixa dinâmica (DR). A DR exprime a razão entre o máximo sinal desejado que o sistema admite e o mínimo sinal desejado detectável, que é o nível do ruído apresentado quando não existe sinal. Essas duas grandezas são geralmente representadas em dB. Considerando-se a informação do ruído, na forma de tensão ou corrente, tem-se:
Considerando-se a potência da informação e do ruído, tem-se:
CARACTERIZAÇÃO DE RUÍDOS
Os ruídos podem ser caracterizados no tempo:
Por suas propriedades estatísticas, ou seja, por sua média e seu desvio