RUMO AO ABISMO ECONÔMICO
I
A história da economia mundial desde a Revolução Industrial tem sido de acelerado progresso técnico, de contínuo, mas irregular crescimento econômico, e de crescente globalização. O progresso técnico continuou e até se acelerou na Era da Catástrofe, transformando e sendo transformado pela era de guerras mundiais.
Contudo, A globalização da economia dava sinais de que parara de avançar nos anos entre guerras. Os anos anteriores à guerra tinham sido o período de maior migração em massa na história registrada, mas esses fluxos depois secaram, ou foram represados pelas perturbações das guerras e restrições políticas.
Durante a Grande Depressão o fluxo internacional de capital pareceu secar. Entre 1927 e 1933, os empréstimos internacionais caíram mais de 90%. Cada Estado agora fazia o mais possível para proteger suas economias de ameaças externas, ou seja, de uma economia mundial que estava visivelmente em apuros.
A Alemanha e à Rússia testemunharam um espetacular colapso do sistema monetário. As poupanças privadas desapareceram, criando um vácuo quase completo de capital ativo para as empresas, o que ajuda a explicar a dependência maciça de empréstimos estrangeiros da economia alemã nos anos seguintes e sua vulnerabilidade quando veio a Depressão.
O desemprego na maior parte da Europa Ocidental permaneceu assombroso e, pelos padrões pré-1914, patologicamente alto. Só os EUA, com uma média de desemprego de 4%, eram uma economia realmente a pleno vapor. A queda dos preços dos produtos primários com o desemprego sinalizavam uma fraqueza da economia, demonstrando que a demanda pelos produtos não seria capaz de acompanhar a capacidade de produção. Esse boom produtivo, como se deu, foi em grande parte alimentado pelo enorme fluxo de capital internacional que invadiu os países industriais naqueles anos, em especial a Alemanha.
Houve uma crise na produção básica, tanto de alimentos como de matérias-primas, porque os preços, não mais