Rousseau
Estado, povo e soberano foram palavras que trouxeram uma nova conotação, fazendo emergir novas percepções sociais, políticas e jurídicas: a composição constitucional passou a ter como fonte a construção da sociedade política, a vontade geral e a tarefa especial do legislador.
Um poder soberano atribuído à figura do rei, era a representação do governo, que passou a ter uma nova efígie: o povo, este sim, o verdadeiro soberano que constitui o estado. Com mais de duzentos anos de idade a filosofia de Rousseau conserva-se presente, viva e tocante. Nas palavras de Ernest Cassirer, (1980, p379), “De um movimento que continuamente se renova um movimento de tal força e paixão que parece quase impossível, diante dele, refugiar-se na quietude da contemplação histórica, objetiva. Constantemente ele se impõe a nós e de modo constante nos arrasta consigo”.
Sua obra é sublime e transcendente ao tempo em que foi escrito, um limiar a reflexões sobre a vida em sociedade hoje e sempre. Para melhor entendimento do estado em Rousseau é necessário abordarmos o estado natural, o homem no estado de natureza e outras concepções elementares para formamos um panorama de fato. É bastante edificante falar, pensar e textualizar sobre um filósofo tão influente nas ciências humanas como Jean- Jacques Rousseau.
Argumentava que a natureza não levaria o homem primitivo à vida em sociedade, o homem não tinha a necessidade de se reunir, sentia-se satisfeito sozinho e solitário, a natureza era suficiente para lhe satisfazer e de lá retirava seu alimento, seu porte físico ajudava a absorver melhor a natureza e possuía uma junção de força e