Roteiro do estudo dirigido – unidade i: noções introdutórias sobre aconselhamento psicológico
A palavra "crise" no senso comum e também nos dicionários está normalmente ligada a uma situação emergencial ou problemática súbita, que gera tensão, dificuldade, desequilíbrio e/ou insegurança.
Com origem na palavra grega "krisis" (decisão, distinção, separação), a expressão "crise" e conceito que estar por trás dela tem aplicação em várias áreas do conhecimento, como por exemplo na sociologia, política, medicina, economia e psicopatologia.
Apesar de normalmente representar circunstancias e acontecimentos trágicos relacionados à vida e acompanhados de angústias, "não são necessariamente negativas, mas constituem ocasiões de mudanças que requerem algum tipo de solução." (HOLANDA; 2012, p. 27). O enfrentamento adequado ajuda a amadurecer e enriquece, enquanto que o oposto pode debilitar e fragilizaria ainda mais o sujeito.
Assim, bem como salienta Holanda (2012), a crise representa também uma oportunidade para crescer e desenvolver, não apenas redução ou perda de capacidade.
A crise, segundo Geraldo Caplan (1980 apud HOLANDA, 2012, p.28), é um estado de perturbação, associado a desconforto, angústia, medo, culpa ou vergonha, ocasionado quando o indivíduo se depara com um problema que não pode ser superado pelos seus modos habituais de solução de problemas, ocorrendo um desequilíbrio entre a dificuldade e importância do problema e os recursos disponíveis para solucioná-lo.
Moffat (1981 apud HOLANDA, 2012, p.31), irá enfatizar a manifestação da crise dentro de uma paralização do processo da vida, ocasionando sentimentos de confusão, solidão, ausência de perspectivas futuras e possibilidade de vivências no presente. A crise, neste sentido, poderia ser classificada como evolutiva, quando resulta de uma crise de crescimento, ou traumática, quando resultante de uma mudança imprevista.
Lemgruber (1984 apud HOLANDA, 2012,