Rosenfeld, Medico de 40 anos
Rosenfeld, estudioso da psicanálise conhecido por trabalhar com ‘casos difíceis’, descreve em sua obra características identificadas como um funcionamento de narcisismo destrutivo, do qual foi objeto de um intenso estudo baseado em outros teóricos como: Sohn (1972), que se refere a este funcionamento psíquico como um “flautista encantando”, direcionando as partes saudáveis do self para o seu declínio, deixando assim a personalidade de uma forma fragmentada. O narcisismo destrutivo apresenta-se de um modo muito organizado, que tem como objetivo não só limitar o acesso à parte libidinal do self, mas também o encoraja a realizar ataques contra os objetos diretamente ligados a ele, assim como as partes mais necessitadas, que esta relacionada com a pulsão de morte descrita na teoria freudiana. A situação intra- psiquica se iguala a uma cisão entre as partes psicóticas e não-psicóticas da personalidade do paciente. Estas relações podem conter elementos perversos que quando atuados na transferência, contribuem para os problemas técnicos. Problemas que podem ocorrer como distorções e manipulações na transferência em processo analítico. Em alguns casos há uma natureza sutil na transferência, de modo que esta atuação é enfatizada como uma pressão sobre o analista para que ele seja conivente e deixe ser manipulado, assumindo um papel onde ele faz parte do self do paciente ao invés de analisa-lo. Explicando um pouco melhor, esta organização narcísica descrita por Rosenfeld, se trata de um funcionamento que impede ligações das partes libidinais do self para com os objetos, de modo que são destinados para o seu encerramento, a fim de controlar aquilo que pode ou não ser identificado em terapia, trazendo as partes remanescentes do self à tona na medida em que é considerado que não há risco eminente em relação ao controle por ele assim adquirido e administrado. Esta organização que Rosenfeld