Romanos e a teologia de paulo
(Originalmente publicado em Pauline Theology, Volume III, ed. David M. Hay & E. Elizabeth Johnson, 1995, 30–67. Minneapolis: Fortress.)
N. T. Wright Lichfield Cathedral I. Lendo Romanos Teologicamente Uma teologia judaica para o mundo gentio e um “bem-vindo” aos gentios elaborado para deixar o mundo judaico com ciúmes. Isso, eu proponho, é o que Paulo tem a oferecer a seus leitores romanos, e eu desconfio que os surpreendeu tanto quanto nos surpreende, embora, possivelmente, de maneiras diferentes. Este artigo trata dos enigmas da carta por meio de uma leitura teológica da mesma; isto é, uma leitura da carta que ressalta sua principal linha teológica de pensamento, e um sumário da teologia que assim emerge, mostrando como ela foi entregue, e talvez porque foi entregue desta maneira. Esse, eu assumo, é meu tópico designado; eu não esqueci da análise retórica, da crítica narrativa, do contexto histórico, e assim por diante, mas eu não posso lhes dar um tratamento completo aqui. Uma vez que este ensaio é parte de uma conversação prolongada, eu usarei a maior parte do meu espaço para exposição, não para anotação, o que poderia, é claro, proliferar ad infinitum. A história da pesquisa é importante neste assunto, mas aqui deve ser 1 assumida, não elaborada . Basta dizer que diferentes formas de ler Romanos normalmente
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Diálogo poderia ser travado, por todo o artigo, com os comentários recentes e importantes de C. E. B. Cranfield, A Critical and Exegetical Commentary on the Epistle to the Romans (2 vols.; ICC; Edinburgh: T. & T. Clark, 1975, 1979); Ernst Käsemann, Commentary on Romans (trans. Geoffrey W. Bromiley; Grand Rapids: Eerdmans, 1980); Ulrich Wilckens, Die Brief an die Römer (3 vols.; EKKNT 6; Cologne: Benziger, 1982);and James D. G. Dunn, Romans 1-8 and Romans 9-16 (WBC 38a, 38b; Dallas: Word, 1988); as seguintes monografias: Richard B. Hays, Echoes of Scripture in the Letters of Paul (New Haven/London: Yale University