romance 31
O CHAMADO REGIONALISMO DE 30 OU ROMANCE NORDESTINO FOI UM MOVIMENTO FICCIONISTA BASEADO NO
AMBIENTE SÓCIO-GEOGRÁFICO DO NORDESTE.
A REGIÃO DO NORDESTE PRESTAVA-SE À MARAVILHA PARA A VALORIZAÇÃO DAS TRADIÇÕES CULTURAIS, DAÍ A
FORÇA COM QUE O MOVIMENTO REGIONALISTA SE DIFUNDIU POR TODA A REGIÃO DA BAHIA AO CEARÁ E MAIS
A REGIÃO NORTE. (Coutinho, 1986)
OS ROMANCISTAS DA DÉCADA OFERECEM UMA VISÃO ALTERNATIVA DO BRASIL, BUSCANDO MAIOR INSERÇÃO
DA LITERATURA NOS PROBLEMAS ATUAIS, JÁ QUE NESTE PERÍODO NÃO SÓ O BRASIL MAIS O MUNDO PASSA
POR UM IMPORTANTE MOMENTO POLÍTICO. DESSA FORMA OS ESCRITORES USAM A FICÇÃO, A DESCRIÇÃO E O
ROMANCE COMO FORMA DE DENUNCIAR AS DESIGUALDADES E INJUSTIÇAS SOCIAIS.
Chama-se de romance de 30 ou Neorrealismo a produção ficcional brasileira de inspiração realista produzida a partir de 1928, ano de publicação de A bagaceira, de José Américo de Almeida, que inaugura o referido ciclo.
Em função do predomínio da temática rural, generalizou-se também o conceito de romance regionalista para indicar os relatos da época, apesar de alguns romances urbanos fazerem parte do mesmo período.
As características comuns aos romances de 30 são a verossimilhança, o retrato direto da realidade em seus elementos históricos e sociais, a linearidade narrativa, a tipificação social (indivíduos que representam classes sociais) e a construção ficcional de um mundo que deve dar a idéia de abrangência e totalidade. Características muito semelhantes às do Realismo machadiano, com o acréscimo doregionalismo e das conquistas modernistas de introspecção e liberdade lingüística.
A década foi marcada também por um impressionante florescimento de estudos sobre a sociedade brasileira, com destaque especial para Casa-grande e senzala (1933), de Gilberto Freyre.
Quanto à temática, os romancistas de então enfatizam as questões sociais e ideológicas. É uma época de