Roma
Roma iniciou a anexação de províncias no século III a.C., quatro séculos antes de alcançar a sua maior extensão territorial e, nesse sentido, constituía já um "império", apesar de ainda ser governado enquanto república. As províncias republicanas eram administradas por antigos cônsules e pretores, que eram eleitos para um mandato de um ano com plenos poderes e autonomia. A acumulação desproporcional de riqueza e poder por parte de alguns destes líderes provinciais foi um dos principais fatores que motivaram a transição de um regime republicano para uma autocracia imperial.
O assassinato de Júlio César em 44 a.C. esteve na origem de um período de instabilidade e turbulência política. No ano seguinte, Augusto, um dos mais destacados generais republicanos, torna-se um dos três membros do Segundo Triunvirato, uma aliança política com Lépido e Marco António.13 As tensões entre Augusto e Marco António no período que se seguiu à Batalha de Filipos levariam à dissolução do triunvirato em 32 a.C. e ao confronto entre ambos na Batalha de Áccio, da qual Marco António e a rainha Cleópatra sairam derrotados e que proporcionou a anexação do reino egípcio por Augusto.
Sendo agora o único governador de Roma, Augusto iniciou uma série de reformas militares, políticas e económicas em larga escala. O senado atribuiu-lhe o poder de nomear os próprios senadores e autoridade sobre os governadores de província, criando de facto o cargo que mais tarde seria denominado imperador romano. Em 27 a.C., Augusto tentou devolver o poder ao senado, o qual recusou, confirmando assim o novo regime político. Otaviano recebeu do senado o título de Augustus e escolheu para si o título de princeps (o primeiro).
O reinado de Augusto, que durou mais de 40 anos, foi retratado na literatura e na arte augustina como uma nova "Era Dourada". Augusto consolidou uma duradoura fundação ideológica para os três séculos do império conhecido como o Principado (27 a.C.-284 d.C.), os primeiros 200 anos do