Roda dos expostos
A roda dos expostos surgiu primeiramente na Itália na Idade Média, o papa Inocêncio III, chocado com o número de bebês encontrados mortos no rio Tibre, transferiu sua irmandade para Roma, criando o Hospital da Santa Maria in Saxia. Este foi o primeiro hospital dedicado à acolher e cuidar das crianças abandonadas. O nome de Roda dos expostos vem da forma cilíndrica, que ficava quando o muro ou janela da instituição eram divididas, para que as crianças fossem deixadas ali, os pais ou aqueles que iriam deixar as crianças, a colocavam no objeto e giravam, com isso o bebê já estava dentro da instituição, para avisar as pessoas que havia uma nova criança a ser cuidada, era amarrada uma corda com um sino, ou até mesmo uma campainha do lado de fora, que assim que fossem tocadas imediatamente uma pessoa iria buscar a criança, e quem o abandonará tinha sua identidade inominada. Este costume começou nos mosteiros medievais, em que as crianças eram deixadas como doação para servir à Deus, e com o uso indevido das rodas mosteiros, surge então a roda dos expostos. Em Portugal, as primeiras instituições de assistência direta à criança, foram criadas em conjunto com a sociedade, o clero e a coroa. Esta ação foi tomada inicialmente, pelas mulheres nobres. Com a grande repercussão da tradição, acabou chegando ao Brasil, no século XVIII foi instituída em Salvador da Bahia, uma roda dos expostos, mas com um acordo em que o Rei iria ajudar anualmente com o serviço. Com o pedido aceito em 1726 foi aberta a primeira casa de recolhimento no Brasil. A segunda casa de misericórdia se deu no Rio de Janeiro, em 1738. A terceira e última roda do período colonial foi no Recife, no final do século XVIII. Desde o primeiro momento em que a roda dos expostos foi aceita no Brasil, podemos perceber uma grande tensão entre as entidades religiosas e o poder local por causa da obrigação pública de contribuir