Mineralogia Sistemática
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE MARABÁ
FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS E MEIO AMBIENTE
DISCIPLINA: MINERALOGIA MACROSCÓPICA
MINERALOGIA SISTEMÁTICA
MARABÁ – PA
AGOSTO – 2013
MINERALOGIA SISTEMÁTICA
1. SILICATOS
A classe mineral dos silicatos é a mais importante das classes de minerais, pois aproximadamente 30% de todos os minerais conhecidos são silicatos. Com exceções de menor significado, todos os minerais que formam as rochas magmáticas são silicatos, constituindo assim, cerca de 90% da crosta terrestre. Esta predominância não é surpreendente, refletindo a abundância de oxigênio e do silício na crosta.
A maioria das rochas possuem 2 a 3 minerais essenciais sendo que algumas apresentam apenas 1 mineral essencial. Esses minerais, ao predominarem nas rochas, estabelecem as características tecnológicas das mesmas. Os silicatos constituem predominantemente esses minerais essenciais.
A unidade química básica dos silicatos, sobre a qual se baseia toda a sua estrutura, é a molécula SiO4, em que cada íon Si4+ se liga de forma covalente e iônica a quatro oxigênios (O2), situados no vértice de um tetraedro. A poderosa ligação entre os íons de Si e O é, literalmente o cimento que mantém unida a crosta da Terra.
Os tetraedros de SiO4 podem existir como unidades independentes, dentro da estrutura dos minerais silicatados, ou podem ligar-se.
A associação de tetraedros resulta do fato de cada oxigênio (situado nos vértices do tetraedro), ter a potencialidade de se ligar ao silício de outro tetraedro. Nos silicatos os tetraedros unem-se pelos vértices. À capacidade que os tetraedros têm de se ligar entre si, por compartilha de átomos de oxigênio, dá-se o nome de polimerização. A capacidade de polimerização dos silicatos é a origem da sua variedade.
Quanto mais alta a temperatura de formação, mais baixo o grau de polimerização, menor viscosidade e maior fluidez do mineral. Dessa forma, os silicatos classificam-se