Diversidade e Classificação das Rochas Sedimentares A classificação das rochas sedimentares não é uma tarefa fácil. Existem diferentes classificações baseadas em critérios variados. Em consequência da diversidade de materiais e de processos intervenientes na formação das rochas sedimentares, qualquer classificação é sempre algo artificial, pois não existem grupos estanques, verificando-se, pelo contrário, uma gradação sucessíva entre os diferentes grupos. Por isso qualquer que pretenda aproximar-se da realidade não pode abstrair-se da presença de todos os termos de transição. Alguns dos materiais constituintes das rochas sedimentares provem directamente de rochas peexistentes, apenas modificados fisicamento pelos fenómenos de desagregação e de transporte. Esses minerais designam-se minerais herdados e vão construir rochas sedimentares detríticas. Teoricamente, todos os minerais podem na fracção detrítica das rochas, mas os mais frequentes são os mais resitentes. O quartzo é, sem dúvida, o mais abundantes em clímas temperados, podendo constituir 90% de certas rochas. No entanto, outros minerais podem fazer parte da fracção detrítica, como feldspatos e micas, especialmente a moscovite, as anfíbolas, as piroxenas, a calcite e a dolomite. Além dos minerais herdados, as rochas sedimentares contêm minerais de neoformação, ou seja, minerais novos formados durante o processo de sedimentogénese ou de diagénese devido a fenómenos de transformações químicas ou de precipitação de soluções. São frequentes como minerais de neoformação a calcite, a dolomite, a sílica, os minerais de argila, a halite e o gesso. Como é evidente, alguns minerais podem existir como minerais herdados ou como minerais de neoformação, consoante as circunstâncias. Por exemplo, numa rocha podem estar presentes grãos de quartzo (sílica) como material herdado, mas o cimento que os une pode ter resultado da precipitação de sílica,