Rituais No Trabalho
Série de rituais e costumes ritualizados desde o ingresso, adaptação e formação do funcionário; no interior da empresa, determinadas regulamentações funcionam como glossário sacralizado.
CV é um documento ritual, pois nele deve-se exprimir um desejo de fazer parte da empresa – trata-se de uma espécie de sinal antecipado de submissão; a maneira de se apresentar e os cerimoniais que envolvem a contratação (entrevistas, telefonemas) podem ser aprendidos e se repetirão, portanto constituem um ritual.
Aprendizado do posto de trabalho também é ritual, onde o sujeito tende a ser colocado em situação inferior ao realizar certas provas iniciáticas com acompanhamento. Por meio do costume, o novato acata normas e exigências da organização como rituais, já que estas certas regras podem desencadear punições quando não seguidas.
Ritos que regulamentam o uso de máquinas e formulários: reprodução de atitudes corporais (posição das mãos, postura do corpo) e intelectuais (observação, dedução, tomada de decisão). Essas regulamentações normalizam, autorizam a tomar uma parte de poder e protegem conta sanções todos que seguem tais diretrizes.
Apesar de ser visto como ato de civilidade seguir as regras da organização, o sujeito ainda espera ser reconhecido por seguir tais indicações (medalhas, bônus).
Por sua vez, burlar a regra também pode se tratar de um ritual, este de contrabando, que é descrito no texto como “prazer em migalha que ajuda a engolir a pílula do trabalho obrigatório” (ligações durante período do trabalho, pausas desautorizadas).
Rituais coercivos (advertências, repreensões)
Rituais qualificatórios (estágios)
Apesar da ritualização no momento de entrada, adaptação e formação dentro da organização, pouco vemos a ritualização da saída quando essa é excepcional (não em função de aposentadoria); é como se a empresa não mostrasse interesse por aqueles que a abandonam. A saída de certas pessoas implica em uma perda de herança