Riscos
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Todo investimento apresenta um risco proporcional ao ganho que se deseja obter. No caso de empreendimentos imobiliários, os riscos são expressivos e não podem ser menosprezados, pois a construção envolve investimentos altos.
Segundo especialistas, a construção civil tem dois vetores de risco. O custo e o mercado. A tendência é de que o primeiro deixe de ser um risco do ponto de vista sistêmico, uma vez que os construtores estão mais preparados para lidar com novas tecnologias e sistemas de produção. O segundo vetor, no entanto, pode ser mais perigoso. Estar alerta ainda é o caminho mais seguro para a tomada de decisões.
Uma etapa importante e arriscada quando mal interpretada é a pesquisa de mercado. A fase que mais inspira a formatação dos produtos imobiliários é também crítica por ter um alto custo mas nem sempre resultados muito precisos. Como se caracteriza pela não- repetitividade, torna-se mais difícil corrigir ou aperfeiçoar algo depois, efeito contrário ao das pesquisas aplicadas na indústria de bens de consumo não-duráveis, cuja produção tem continuidade e dá a possibilidade de aperfeiçoamento do produto.
Nem sempre a demanda corresponde aos dados da pesquisa, e as vendas podem ser um fiasco. Segundo especialistas, o problema está na interpretação errônea dos dados. Em geral, mede-se o volume de demanda quando na verdade as pesquisas revelam uma tendência de comportamento, ou seja, pode-se mostrar um certo padrão de liquidez para determinada tipologia de produto mas não se consegue medir um vetor específico de demanda. "Quando se pesquisa o que as pessoas estão comprando, avalia-se um mercado que pode desaparecer no futuro", explica João da Rocha Lima, coordenador do núcleo de Real State da USP. "A pesquisa de mercado imobiliário tem uma imagem qualitativa razoável, mas frágil