Risco e vulnerabilidade na dimensão da saúde
Vulnerabilidade e risco social não são sinônimos de pobreza, cabe dizer que trata-se de dois conceitos distintos. Muitas vezes o conceito de vulnerabilidade é aplicado erroneamente no lugar de risco, porém uma é consequência da outra, uma vez que para haver o risco (ameaça) é necessário haver uma vulnerabilidade (fraqueza). O risco (probabilidade de acidente ou patologia) faz referência à proximidade de um possível dano, e que quando presente, aumenta a possibilidade de um indivíduo apresentar problemas físicos, sociais ou emocionais. Embora seja notável que pobreza e conflito familiar são prejudiciais, se esses fatores irão se constituir em risco ou não, irá depender da vulnerabilidade na qual a família está condicionada a viver. O conceito de vulnerabilidade leva em conta aspectos relacionados a carência de recursos destinados à proteção das pessoas, que vai além do individual, abrangendo aspectos coletivos e contextuais. Pessoas vulneráveis são aquelas que não têm capacidade de contornar os prejuízos agravados na saúde pelas suas condições sociais em que sobrevivem. Certos grupos populacionais vivem em maior situação de vulnerabilidade e entre eles certamente estão muitas das famílias atendidas pelo Posto de Saúde da Família , cujo umas das atividades seja dar suporte preventivo de doenças e agravos, com a intenção de minimizar os riscos a quais estão expostos no local social ocupado. O agente comunitário pode desenvolver sua atuação fazendo o exercício de olhar as situações “de dentro”, como morador da mesma comunidade, e “de fora”, como profissional de saúde, assim contribuindo na identificação dos fatores que tornam esse território vulnerável. A partir de então pode-se desenvolver estratégias de intervenção de futuros agravos