Risc e cisc
Sumário: Este documento visa ilustrar a relação histórica e técnica entre as arquitecturas de processadores RISC (Redudec Instruction Set Computer) e CISC (Complex Instruction Set Computer) ao longo do tempo, cobrindo o debate entre as mesmas pelo domínio do mercado desde o seu nascimento até à actualidade. Iremos especificar as arquitecturas, procedendo à sua comparação para chegarmos a conclusões que podem não ser as esperadas, pois cada vez mais o importante é o desempenho “a qualquer preço”. Concluí-se que a diferença entre processadores RISC e CISC já não reside no tamanho nem no tipo do conjunto de instruções, mas sim na arquitectura em si, e as nomenclaturas RISC e CISC já não descrevem a realidade das arquitecturas actuais.
Talvez a abordagem mais comum para a comparação entre RISC e CISC seja a de listar as características de ambas e colocá-las “lado-a-lado” para comparação, discutindo o modo como cada característica ajuda ou não o desempenho. Esta abordagem é correcta se estivermos a comparar duas peças de tecnologia contemporâneas, como os sistemas operativos, placas de vídeo, CPU’s específicos, etc., mas ela falha quando aplicada ao nosso debate. Falha porque RISC e CISC não são exactamente tecnologias, são antes estratégias de projecto de CPU’s – abordagens para atingir um certo número de objectivos definidos em relação a um certo conjunto de problemas. Ou, para ser um pouco mais abstracto, poderíamos chamar-lhes filosofias de projecto de CPU’s, ou maneiras de pensar acerca de um determinado conjunto de problemas e das suas soluções. É importante olhar para estas duas estratégias como tendo evoluído a partir de um conjunto de condições tecnológicas que existiram num dado momento. Cada uma delas foi uma abordagem ao projecto de máquinas que os projectistas sentiram ser a mais eficiente no uso dos recursos tecnológicos existentes na época. Na formulação e