Risc versus cisc
Por muitos anos, a tendência geral na arquitetura e organização de computadores foi no sentido de aumentar a complexidade do processador: mais instruções, mais modos de endereçamento, maior número de registradores especializados, e assim por diante. O movimento
RISC representa uma quebra fundamental na filosofia por trás dessa tendência. Naturalmente, o surgimento de sistemas RISC e a publicação de artigos por seus proponentes exaltando as virtudes da arquitetura RISC levaram a uma reação dos adeptos da que se pode chamar corrente principal da arquitetura de computadores.
Os trabalhos feitos para avaliação dos méritos da abordagem RISC podem ser agrupados em duas categorias:
Quantitativos: buscam comparar o tamanho e a velocidade de execução de programas em máquinas RISC e CISC que usem tecnologia comparável.
Qualitativos: examinam questões tais como suporte a linguagem de alto nível e uso ideal da tecnologia VLSI.
A maioria dos trabalhos de avaliação quantitativa foi feita por pesquisadores que trabalham em sistemas RISC (Patterson, 1982b; Heath, 1984; Patterson, 1984) e tem sido, de longe, favorável à abordagem RISC. Outros examinaram a questão e não saíram convencidos (Colwell,
1985a; Flynn, 1987; Davidson, 1987). Existem diversos problemas ao tentar fazer essas comparações (Serlin, 1986):
• Não existe nenhum par de máquinas RISC e CISC comparáveis em termos de ciclo de vida, custo, nível de tecnologia, complexidade de portas lógicas, sofisticação de compilador, suporte de sistema operacional, e assim por diante.
• Não existe um conjunto de programas de teste definitivo. O desempenho varia com o programa
• É difícil separar efeitos do hardware e efeitos devidos ao desenvolvimento de compiladores.
• A maioria das análises comparativas de máquinas RISC foi feita em máquinas 'experimentais', e não em produtos comerciais. Além disso, grande parte das máquinas anunciadas como RISC comercialmente