rios
INUNDAÇÃO
Adriano Rolim da Paz1; Walter Collischonn1 & Carlos E. M. Tucci1
RESUMO --- Conhecer o comportamento hidrológico de um rio permite investigar diversas questões ecológicas relacionadas. Além de descrever o comportamento hidrológico, é importante poder prevê-lo frente a cenários futuros, e modelos matemáticos têm sido largamente utilizados com essa finalidade. A simulação do escoamento em rios tem sido realizada principalmente com modelos unidimensionais acoplados ou não com células de armazenamento de água na planície.
Para o caso de rios com grandes planícies de inundação, o extravasamento de água do canal para a planície e a propagação da inundação na planície governam a passagem da onda de cheia. Caso o interesse do estudo seja representar esses processos, métodos tradicionais não são adequados e uma abordagem recente tem sido proposta baseada no acoplamento de um modelo unidimensional para simular o escoamento na calha principal e um modelo tipo raster para simular o escoamento bidimensional na planície. Este artigo discute as dificuldades e desafios para a modelagem de rios com grandes planícies de inundação e as vantagens e limitações das diferentes abordagens empregadas. É apresentado um sistema de simulação desenvolvido com esse propósito, com resultados da aplicação ao Pantanal como exemplo.
ABSTRACT --- Understanding the river flow regime provides a valuable tool for several ecological issues. Besides the description of the hydrologic regime it is important to be able to predict it according to future scenarios, and mathematical models have been widely used for this purpose. The simulation of river flow routing has been mostly done using one-dimensional models coupled or not with storage cells for the floodplains. For rivers with large floodplains, the exchange of water from the main channel for the floodplain and the floodplain inundation are the main governing factors of the flood wave