Entre Rios
Rios como o Tamanduateí e Anhangabaú foram essenciais para São Paulo.
A história começou a mudar com a chegada das ferrovias, desenvolvimento nos transportes encurtou distâncias e mudou toda a cidade. Diz o filme: “A elite paulistana sonhava em construir uma cidade como as que via em suas viagens pela Europa. E seus rios não se encaixavam neste sonho”. Um dos primeiros foi a construção do Viaduto do Chá, sobre o Vale do Anhangabaú. Depois, vieram outras obras de modificação, canalização e retificação de rios. No final da década de 30, Prestes Maia, então prefeito, começou as obras do seu plano de avenidas, baseado tomando base outros países, (Paris, Moscou e Viena), porem não adotou a modalidade de hidrovias e ferrovias estruturadas. “A cidade crescia, e a cada nova baixada, o seu córrego era canalizado e transformado em avenida”. O carro foi tratado como peça-chave no discurso de modernização. Muito mais que um meio de locomoção, tornou-se um símbolo de desenvolvimento e hoje faz parte de uma das questões públicas mais urgentes da metrópole, a mobilidade.Vale do Anhangabaú (Consolata Panhozzi) Apesar de escondidos aos olhos, os rios continuam a existir (e em épocas de chuvas intensas, com as enchentes, ninguém duvida). “A cidade deu as costas para os rios. O rio é sua base e ninguém sabe, ninguém percebe, ninguém vê”.