- Sistema (principais noções): Descartes queria explicar o mundo a partir da mecânica elementar, princípios da figura, do tamanho, da posição e do movimento das partículas da matéria. A concepção de mundo de homem de Descartes se baseava no que ficou conhecido como dualismo cartesiano, a divisão da natureza em dois domínios opostos: o da mente é o espírito que ele chamou de “res cogitans” a coisa pensante, consciente de si, livre e sem condição espacial; e a da matéria que ele chamou de “res extensa” coisa extensa, isto é, a material, mensurável, espacial, sem consciência e mecanicamente determinado. Ele fez uma série de inquisições desconfiando radicalmente dos nossos sentidos, mostrando que muitas vezes nossos sentidos nos enganam, de forma que os sentidos não representem uma fonte de convencimento seguro, ou seja, a razão é a fonte do saber, todo conhecimento racional é a base para conhecermos os elementos da verdade e a partir daí ele cria o método cartesiano para descobrir os elementos da natureza. Para Descartes eu posso duvidar dos meus sentidos, por exemplo: olhamos para o Sol e o vemos pequeno, mas a nossa razão nos mostra que ele é maior, isso prova que nossos sentidos não são uma garantia da verdade. Posso colocar a mão na água e senti-la quente e outra pessoa colocar e achar que está fria. É uma relatividade muito grande. A certeza que Descartes se debate é a certeza da existência do sujeito, do pensamento, do ser racional que pensa: se eu duvidar que estou duvidando, qual a certeza que tenho que estou duvidando? É a de que estou duvidando, eu sou algo que duvida, algo que pensa. Então ele concluiu que enquanto tentava supor que tudo fosse falso, era necessário que ele fosse alguma coisa e observando que essa verdade “eu estou pensando, portanto eu existo” era muito certa e concreta. Descartes também falava da teoria da árvore, que as ciências são como uma árvore.. na raiz a filosofia, no tronco a física, e os galhos as outras ciências.