Rio tietê
Pense em São Paulo há mais de 400 anos atrás. Sim, isso mesmo: Imagine a cidade logo depois de sua fundação em 1554. Pouca coisa, não é? Apenas uma “casinha de torrão” com “ quatorze passos de comprimento e doze de largura” o colégio de Piratininga que foi fundado pelo padre jesuíta José de Anchieta para servir de escola, enfermaria, dormitório, refeitório, cozinha e despensa “.
Dali, divisava-se o maior dos curso d’ água, o sinuoso Anhembi( Tietê), que corria de costas para o mar. Região farta, ali se pescava em abundância, tanto nas águas do Piratininga (mais tarde Tamanduatei), como no leito caudaloso do Tietê.
NA verdade, o primeiro núcleo fundado próximo ás suas margens foi São Paulo. Na época, os índios usavam o rio como meio de transporte, subsistÊncia e , naturalmente para divertimento. Nada mais justo, portanto, que eles o denominassem de rio verdadeiro. Ou seja, (T) i = água e etê = Verdadeiro.
O rio Tietê, um dos principais símbolos da cidade de São Paulo, está biologicamente morto há décadas. O rio que nasce na Serra do Mar, no município de Salesópolis, volta-se para o interior de São Paulo e percorre 1.150 quilômetros até chegar ao Rio Paraná, na divisa com Mato Grosso do Sul. Seu trajeto foi de grande importância como meio de transporte, principalmente com as monções – as expedições que aconteceram após a descoberta de ouro em Mato Grosso no século XVII. Nas margens do rio também se desenvolveria a cultura de café e o início da industrialização na área metropolitana de São Paulo.
Em 1901, já existem em São Paulo 108 indústrias: 70 estrangeiras e 38 brasileiras. Nas primeiras décadas do século, São Paulo cresceu muito.
Em 1920, no censo industrial, já apareceu como o primeiro centro fabril do país.
Em 1945, quando Mário de Andrade terminou o poema “A meditação sobre o Tietê” já apresentava “água pesada e oleosa”. Eram os primeiros sinais da desenfreada poluição das suas águas, sobretudo no trecho que cruza a área