Rio, cidade-capital
A sede da Era Vargas Um ponto é comum nas interpretações divergentes sobre a Era Vargas: o Rio de Janeiro foi a sede do processo de centralização político-administrativa implementando durante esse período. No entanto, os revolucionários de 30 se dividiram quanto ao modelo de capital. Dois projetos podem ser especialmente destacados: o do prefeito Pedro Ernesto e o do presidente Getúlio Vargas.
Longe daquela capital administrativa despolitizada, o que emergia das propostas de Pedro Ernesto era uma cidade autônoma e politizada. Pedro Ernesto considerava a “população culta e inteligente” do Distrito Federal a garantia da implementação e do sucesso de uma política “renovadora”.
A inclusão da população carioca no mundo formal da cidadania política era o principal desafio a ser enfrentado pelo prefeito do DF. Mais uma vez, a cidade-capital deveria cumprir seu papel de modelo para a nação que então se construía. Já Vargas tinha um projeto claro para a capital do Estado Novo: torná-la o lugar onde emanaria a centralização político-administrativa e onde exerceria seu poder pessoal.
O investimento na capitalidade do Rio de Janeiro durante o Estado Novo se materializou por meio de três empreendimentos: a abertura da Avenida Presidente Vargas; a construção