Ricardo reis

Ricardo Reis

Súbdito Inútil Súbdito inútil de astros dominantes,
Passageiros como eu, vivo uma vida
Que não quero nem amo,
Minha porque sou ela,
No ergástulo de ser quem sou, contudo,
De em mim pensar me livro, olhando no alto
Os astros que dominam
Submissos de os ver brilhar.
Vastidão vã que finge de infinito
(Como se o infinito se pudesse ver!) —
Dá-me ela a liberdade?
Como, se ela a não tem?

Predomina-se o suo da 1ºpessoa do singular,presente do indicativo.
Uso de gerúndio no verbo do sexto verso.
Uso da 3º pessoa do plural no verbo do sétimo verso.
Uso do verbo no imperativo no décimo primeiro verso. Uso de palavras negativas, conotação pessimista.
Uso de pontuação ,com virgulas,pontos de interrogação e exclamação,traço e parênteses.

Ricardo Reis

Súbdito Inútil Súbdito inútil de astros dominantes, (Sentimento de insignificância, inutilidade, á deriva de vontades do acaso ou divino)
Passageiros como eu, vivo uma vida (Sentimento epicurista Carpe Diem ,Sentimento de vida fugaz)
Que não quero nem amo, (Sentimento de melancolia, conformidade desesperança)
Minha porque sou ela, (Frieza em relação ao sentido da sua vida e de quem ele é)
No ergástulo de ser quem sou, contudo, (Sentimento de que está Preso á essa vida e suas condições, aversão á ele mesmo)
De em mim pensar me livro, olhando no alto (Sentimento de medo do auto conhecimento,baixa estima)
Os astros que dominam (Vida dada ao acaso ou ao divino)
Submissos de os ver brilhar. (Incapacidade de tomar decisões importantes , por sua vida)
Vastidão vã que finge de infinito (Suas ações são importantes porem não absolutamente decisivas)
(Como se o infinito se pudesse ver!) — (Ironia angustia)
Dá-me ela a liberdade? (Fugacidade e o desejo de livre arbítrio)
Como, se ela a não tem? (Ironia angustia)