revoluções atlanticas
MESTRADO EM CIÊNCIAS POLÍTICAS – UNIVERSIDADE DE LISBOA
DISCIPLINA: TEORIA E PRÁTICAS DE DEMOCRATIZAÇÃO
PROFESSOR CATEDRÁTICO: JOSÉ ADELINO MALTEZ
ALUNA: RAQUEL ALMEIDA BRASIL
LISBOA/2015
AS IDEIAS E AS CONSEQUÊNCIAS POLÍTICAS DAS REVOLUÇÕES ATLÂNTICAS
As Revoluções Atlânticas ocorreram entre os Séculos XVII e XVIII como forma de se contrapor ao Ancien Régime, ou seja, ao Absolutismo, que tinha como fundamento o exercício de um poder arbitrário, absoluto, onde todos os poderes do Estado eram concentrados nas mãos de uma única pessoa. Essas Revoluções, também chamadas de Revoluções Liberais, se opuseram ainda ao opressor e exploratório sistema feudal, e objectivavam a emancipação dos indivíduos, a adoção de um regime republicano de liberdades que atendessem aos interesses do povo, sua ascenção social, negados pelo regime anterior, que era baseado em privilégios e valores concedidos à nobreza e ao clero. O berço dessas revoluções se deu na Inglaterra, onde ali se teve maior destaque a Revolução Gloriosa, acarretando uma delimitação do poder da Monarquia Absoluta pelo Parlamento, com a aprovação da Bill of Rights – Declaração de Direitos, onde se estabeleceram várias garantias aos cidadãos, como os da liberdade e propriedade, e que teve como seu principal teórico John Locke. Contrapondo-se à repressão e as imposições que sofriam da Inglaterra, decorrente da Guerra dos Sete Anos, as treze colônias inglesas na América do Norte, que resultou na formação dos Estados Unidos da América, do mesmo modo, foi um dos principais palcos das Revoluções Liberais, a medida em que agiram contra a cobrança abusiva de impostos, restrições comerciais e económicas advindas da Inglaterra, no que fez nascer a independência dessas colônias, alicerçada na elaboração de um importante documento que influenciou significativamente na vida social e política das gerações que a sucederam, qual