Revolução sabinada
Sabinada
| Por Antonio Gasparetto Junior |
A Sabinada foi uma revolta ocorrida na Bahia durante o período imperial.
Quando Dom Pedro I deixou o cargo de imperador do Brasil, iniciou-se um período em que seu sucessor não possuía idade suficiente para assumir a liderança do Império. Este período foi chamado de regencial e foi comandado por várias pessoas, permitindo conflitos e questionamentos sobre a centralização monárquica e introduzindo questões sobre o federalismo republicano. Outro movimento que ganhou expressão foi a manifestação contra os portugueses, pois controlavam a maior parte do comércio e ocupavam a maioria dos cargos administrativos, políticos e militares. As manifestações eram no sentido de permitir aos brasileiros maior controle em suas terras, já que a independência completava mais de uma década.
Todo esse ambiente de questionamento se repetiu na capital baiana e culminou com a renúncia do regente Diogo Antônio Feijó, que não foi capaz de controlar as revoltas. O período no qual predominava o antilusitanismo foi também marcado pela chamada crise federalista.
A Sabinada foi um movimento cujo nome é proveniente do médico e jornalista Francisco Sabino Vieira. Ocorrido na capital baiana, Salvador, o movimento está inserido na tradição da Bahia pela autonomia política como acontecera com outros movimentos: Conjuração Baiana e Independência da Bahia, por exemplo. Sabino e seus apoiadores proclamaram a República Baiana, no dia 7 de novembro de 1837, representando um rompimento com o governo imperial da época. A província, então, negaria qualquer regência e só responderia ao Imperador Dom Pedro II, quando tivesse idade suficiente para assumir seu cargo. Os revoltosos tomaram o Forte de São Pedro e o Governo Provincial tentou combate-los enviando tropas do exército. Os soldados representantes do governo, contudo, acabaram aderindo ao movimento dos revoltosos, o que forçou a saída do Presidente da Província e do Comandante