Revolução russa
Em 22 de fevereiro de 1917 (ou, no nosso calendário, 8 de março), greves e motins estouraram em Petrogrado (a antiga São Petersburgo, que tinha sido rebatizada logo no início da guerra, porque o nome "Petersburgo" soava alemão demais).
Dois dias depois, os soldados da Guarda Imperial juntaram-se aos revoltosos. A Duma (o Parlamento russo) formou então o primeiro governo provisório, presidido pelo príncipe Lvov, que garantiu a abdicação do czar Nicolau II em 27 de fevereiro (15 de março no nosso calendário). Nicolau abdicou em favor do irmão, o grão-duque Miguel, e este, de sua parte, abdicaria no dia seguinte.
Enquanto isso, os bolcheviques reviviam os sovietes. Os soldados foram incitados a participar, o que colocou o Exército sob o controle dos sovietes, e não do governo provisório. Os sovietes passaram a opor-se a cada medida do governo provisório, especialmente depois que Lênin, o líder bolchevique, voltou do exílio e lançou as Teses de Abril com o lema "Pão, Paz e Terra", nas quais propunha: a transferência do poder para os sovietes, a nacionalização dos bancos, a saída imediata da guerra, a reforma agrária e a instalação de um governo socialista.
A primeira tentativa bolchevique de tomar o poder veio a fracassar (o que obrigou Lênin a esconder-se), mas o governo provisório se enfraqueceu ainda mais, pela insistência em manter a Rússia na guerra e pelos desentendimentos entre o novo primeiro-ministro, Kerenski, e o comandante-chefe do Exército, Larv G. Kornilov.
Outubro vermelho
Lênin liderou outra revolta contra o governo provisório, e os bolcheviques tomaram o Palácio de Inverno, assumindo o poder em 25 de outubro (7 de novembro no nosso calendário). Por isso, pode-se muito bem afirmar que a Revolução de Outubro foi, na verdade, um golpe de Estado. Os bolcheviques transferiram o controle das fábricas para os operários, proibiram o comércio particular e confiscaram as terras da Igreja e de todos que consideravam