Revolução mexicana
O presente trabalho pretende registrar os principais aspectos e dados extraídos da leitura da Constituição Mexicana de 1917, à luz de outros trabalhos em que a mesma foi historicamente pensada e contextualizada, bem como textos sobre a contextualização da Revolução Mexicana, conforme segue.
Após anos sob a ditadura de Porfírio Diaz, tem lugar no México, a 18 de fevereiro de 1910, uma vitoriosa tentativa de golpe militar que depõe o presidente. Terceira investida no espaço de poucos meses, a vitória não significa de modo algum o estabelecimento de um governo regular, estável e democrático; ao contrário seguem-se então dez intensos anos de golpes, guerrilhas e guerra civil.
As inúmeras e divergentes aspirações dos mais diversos grupos participantes não foram contempladas, o que seria provavelmente impossível. Não se vendo reconhecidos pelo novo representante, formam-se distintos grupos armados, que passam a combater em campos opostos, e acabam por almejar outro golpe, ou outros golpes. A revolução se mostra então incompleta, e o país mergulha em batalhas não apenas ideológicas, mas de fato. Guerrilhas camponesas, milícias armadas, católicos, o próprio exército, pequenos burgueses, sindicatos e uniões trabalhistas, uma união de empresas privadas exploradoras de petróleo e, como não poderia faltar, os Estados Unidos da América, disputam por poder e influência política no país.
Outro movimento toma força nos anos seguintes, o constitucionalista; como os governos eram depostos antes de se consolidar, ainda não havia sido feita uma Constituição que contemplasse os direitos revolucionários e as demandas dos variados grupos em disputa. Em 20 de Agosto de 1914 este grupo toma o poder e o novo chefe do Estado, Carranza, precisa lidar com a guerra que continuava na maior parte do país e com a pesada Doutrina Monroe. Apesar disso, o grupo carrancista continua no poder e consegue finalmente fazer um projeto de constituição; tal projeto é aprovado a 05 de fevereiro