Revolução inglesa
As revoluções burguesas dos séculos XVII e XVIII foram frutos do esgotamento da organização social do Antigo Regime. O absolutismo e o mercantilismo barravam constantemente o crescimento da burguesia e a impediam de assumir o controle do Estado e da Economia. As duas revoluções burguesas (a inglesa e a francesa) não foram organizadas nem planejadas pela burguesia.
Revolução Inglesa
A Inglaterra foi o primeiro local a presenciar uma ação mais contundente da burguesia. Esse grupo desejava dinamizar a economia e participar mais ativamente da política por meio do controle do Estado, pois desse modo, estaria em posição privilegiada para realizar os seus projetos sociais e econômicos. Para se entender o processo revolucionário pelo qual a burguesia se fez como grupo dominante na Inglaterra, deve-se conhecer o contexto público, social e econômico anterior as Revoluções inglesas. A centralização política e o absolutismo foram bastante precoces na Inglaterra, iniciando-se na dinastia dos Tudors. O Parlamento inglês, que surgiu como resultado político da Magna Carta de 1215, poucas vezes foi convocado pela Coroa durante o governo dos Tudors. A burguesia e os proprietários de terras, conhecidos como gentry, que basicamente compunham o Parlamento, não se opuseram a essa situação, pois muitos dos seus interesses eram contemplados pelo Estado absolutista inglês.
Revolução Francesa
A Revolução Francesa é considerada um dos movimentos sociais mais importantes da história do mundo ocidental. Essa importância se deve a seu caráter revolucionário, ou seja,de ter rompido com um tipo de sociedade específico, a de Antigo Regime, e ter criado uma nova, pautada nas liberdades civis e na igualdade jurídica. A revolução começou muito antes de 1789. O século XVIII inteiro se caracterizou por contradições dentro da sociedade francesa, como afirma o historiador Eric Hobsbawn, pois, naquele século, a França aumentou em quatro vezes o