Revolução Inglesa
Para a tradição liberal a Revolução foi conduzida pelo Parlamento contra o absolutismo monárquico em defesa das liberdades individuais, lutando contra um governo tirânico, que aprisionava sem julgamentos prévios, impostos não autorizados, atentava contra a propriedade individual e as instituições parlamentares.
Já para a tradição conservadora, a Revolução foi conduzida por capitalistas ambiciosos, representantes do Parlamento contra o Rei, que defendia as camadas populares evitando o avanço sobre terras comuns, impedindo os cercamentos. De maneira geral, estas linhas de interpretação, profundamente envolvidas nas suas rivalidades e contentas políticas, a Revolução em termos constitucionais, esvaziada dos seus aspectos econômico e até mesmo sociais, resumindo então em uma luta de partidos.
A renovação das perspectivas no Século XX para a história não é simplesmente um amontoado de informações “mortas”, é acima de tudo, uma forma de compreensão do passado e um guia para a ação política, foi um período crucial para a emergência do capitalismo e para mudanças de relacionamento entre o poder econômico e o poder político.
A Revolução adquiriu então uma dimensão social mais ampla, a hipótese do descompasso entre realidade econômica e a estrutura política para explicar a guerra civil; a crise dos pequenos produtores camponeses arrasados pela expansão do capitalismo no campo, cuja força foi intensificada pela distribuição das terras monásticas no Século XVI.
Para que a crise possa ser entendida à luz das mudanças sociais e econômicas, deve ser explicado em primeiro lugar, que não é uma crise dentro da sociedade, mas sim dentro do regime política, ou seja, a