revolução industrial
A cidade, a indústria, a classe trabalhadora
Neste capítulo o autor inicia seu estudo afirmando que uma nova geração nascia resultante do progresso do setor industrial. Segundo Hobsbawm, o mundo depois da Revolução Industrial não era formado de fábricas, empregador e proletário. A vida nas cidades crescia rapidamente, estabelecendo novos padrões de vivencia dramáticos para maior parte da população de trabalhadores, novo porque mesmo a continuação pura e simples de alguma ocupação local escondia mudanças de longo alcance. Ferdinand Tounnies elabora uma analise de distinção entre comunidade camponesa e sociedade urbanizada e observa que a diferença não está entre as duas, mas entre a cidade antiquada e metrópole capitalista, essencialmente uma cidade comercial, uma cidade fábrica. A cidade era o mais importante símbolo do mundo industrial pois se tornavam centros de produção, em função disto atraia um grande contingente gerando uma superpopulação.
A maioria de seus habitantes constituía trabalhadores de indústrias e um grande numero de empregados domésticos. A classe media representava cerca de 20% da população em Paris. Em consequência deste crescimento, a forma, imagem e estrutura das cidades foram tomando nova forma sob a pressão para construção e politicamente motivada pela ascensão do lucro. A grande cidade não era diretamente um centro industrial, mas de comercio, transporte, administração e uma serie de outros serviços. Os pobres eram maioria da população e representavam uma ameaça aos planejadores das cidades. As concentrações destes eram cortadas por avenidas e bulevares, que levariam os mesmos a procurarem habitações em lugares não especificados. Para os construtores e empregadores os pobres eram um mercado que não dava lucro, comparado a maneira de vida dos ricos, com seus empreendimentos e sólidas construções. Quando os pobres não ocupavam os centros das cidades abandonados pelas classes mais elevadas, suas