A Revolução Industrial foi o resultado de um longo processo que teve inicio no século XV, com o aparecimento das corporações e o renascimento das cidades e do comercio na Europa ocidental. Com as grandes navegações, entre os séculos XV e XVI, as atividades econômicas se expandiram, as próprias formas de produção de mercadorias na Europa acabaram por se transformar. Para atender a demanda crescente, surgiram métodos mais eficientes de produzir as mercadorias, com isso, as antigas corporações de oficio foram substituídas pela produção manufatureira, dirigida por um comerciante que controlava a produção de vários artesãos, estes trabalhavam por encomenda, com a matéria-prima e as ferramentas necessárias cedidas pelo comerciante, e, como formas de pagamento recebiam um salário. Alguns comerciantes viram perceberam que podiam aumentar ainda mais a produtividade e o lucro, e, em vez de espalhar ferramentas e matérias-primas entre os artesãos contratados, passaram a reuni-los num mesmo local para trabalhar, assim começa a surgir as fabricas. A fabricação de cada mercadoria passou a ser dividida em varias etapas, conhecido como produção em série. A transformação mais importante no modo de produção foi causada pelo emprego de maquinas movidas a vapor nas fabricas, o que selou a passagem da produção artesanal domiciliar para a produção em grande escala. Para o trabalhador, esse processo significou a perda gradual do controle de atividades, na época das corporações de oficio, ele era dono de suas ferramentas e senhor de seu próprio ritmo de trabalho. Por isso, podia cobrar pelo que se produzia o preço que quisesse. Na manufatura, sem suas ferramentas e matérias-primas, tornou-se dependente do comerciante, mas ainda exercia o controle sobre seu trabalho. Com as fabricas, esse controle passou a ser feito por técnicos, sob o comando dos empresários. A atividade do trabalhador tornou-se apenas uma parcela da produção geral, e ele perdeu o domínio sobre o produto final de