Revolução Industrial
Utilizando este mito como pressuposição inicial, os historiadores sempre se mostraram extremamente hostis ao analisarem um dos mais libertadores fenômenos da história ocidental: a Revolução Industrial. Do século XVIII ao século XIX, o mundo avançou acentuadamente em termos de tecnologia, indústria, transporte, comércio e inovações que mudaram o padrão de vida, como roupas de algodão feitas a baixo custo. Em um período de dois séculos, estima-se que a renda mundial per capita tenha aumentado dez vezes, e a população mundial, seis vezes. O economista prêmio Nobel Robert Lucas declarou que "Pela primeira vez na história, o padrão de vida das massas formadas por cidadãos comuns começou a apresentar um crescimento contínuo e constante.... Nada remotamente parecido com este fenômeno econômico havia acontecido até então." O acentuado avanço da prosperidade e do conhecimento havia sido alcançado sem nenhuma engenharia social e sem nenhum controle centralizado. Tudo foi possível em decorrência de se ter permitido que a criatividade humana e o interesse próprio se manifestassem livremente.
Certamente ocorreram abusos. Alguns podem ser imputados às tentativas governamentais de se aproveitar da energia e dos lucros daquele período. Outros abusos ocorreram simplesmente porque toda sociedade possui pessoas desumanas amorais que agem de má