revolução industrial
As principais teorias administrativas que floresceram no início do século XX, partiram da herança deixada pela revolução industrial, iniciada na Europa no século XVIII. A revolução industrial pode ser definida como um período de intensas mudanças, principalmente sociais e econômicas, associadas ao uso de máquinas no processo produtivo. A Inglaterra foi o país precursor destas mudanças, devido principalmente à acumulação de capital pela burguesia comerciante e à abertura de novos mercados proporcionada pela expansão marítima, trazendo maior demanda de produtos e mercadorias. Visando suprir essa demanda com melhores lucros e menores custos, a burguesia buscou alternativas para aumentar, melhorar e acelerar a produção: gradualmente, o modelo artesanal de produção artesanato deu lugar à produção em oficinas, e estas à produção mecanizada nas fábricas (REMPEL, 1999).
As invenções tecnológicas que se iniciaram no século XVIII e XIX mudaram a sociedade e a economia radicalmente – por isso o termo “revolução” industrial – uma verdadeira revolução pacífica movida pelos avanços da produção industrial. As máquinas a vapor, os teares, as locomotivas e trens a vapor, possibilitaram um aumento acelerado na produção, transporte de pessoas e mercadorias em tempo e custos reduzidos, estimulando o consumo e alimentando o ciclo produtivo. A sociedade mudou radicalmente, as pessoas abandonaram rapidamente as áreas rurais para se estabelecerem em áreas urbanas. A prosperidade de alguns, uma minoria, que dispunha de capital para investir na produção não significou, naturalmente, prosperidade para todos. As fábricas do início da Revolução Industrial apresentavam condições precárias para o trabalhador, com ambientes mal-iluminados, abafados, e sujos (COULON e PEDRO, 1995).
Por outro lado, estas fábricas trouxeram a necessidade de ordem, de disciplina, de um novo conjunto de conhecimentos que pudessem auxiliar os novos “administradores” a lidar com essa massa de