Revolução industrial
A Revolução Industrial
Segundo Hobsbawm (2001:43), até 1840 a grande corrente de literatura oficial e não oficial sobre os efeitos sociais da revolução industrial ainda não começara a fluir. O próprio nome de revolução industrial reflete seu impacto relativamente tardio sobre a Europa.
Segundo Hobsbawm (2001:43), somente na década de 1830 que a literatura e as artes começaram a ser abertamente obsedada pela ascensão da sociedade capitalista.
“A revolução industrial explodiu”, significa que a certa altura da década de 1780, e pela primeira vez na história da humanidade, foram retirados os grilhões do poder produtivo das sociedades humanas, que daí em diante se tornaram capazes da multiplicação rápida, constante, e até o presente, ilimitado, de homens, mercadorias e serviços. Esse fato é hoje tecnicamente conhecido pelos economistas como a “partida para o crescimento auto-sustentável” (HOBSBAWM, 2001:44).
(...) a revolução industrial não foi um episódio com um princípio e um fim, (...), pois sua essência foi a de que a mudança revolucionária se tornou norma desde então. (...) Mas a revolução mesma, o “ponto de partida”, pode provavelmente ser situada, com a precisão possível em tais assuntos, em certa altura dentro dos 20 anos que vão de 1780 a 1800: contemporânea da Revolução Francesa, embora um pouco anterior a ela (HOBSBAWM, 2001:45).
Segundo Hobsbawm (2001:45), qualquer que tenha sido a razão do avanço britânico, ele não se deveu à superioridade tecnologia e científica.
Contudo,
(...) a maior parte da expansão industrial do século XVIII não levou de fato e imediatamente, ou dentro de um futuro previsível, a uma revolução industrial.(...) Em 1850, embora tivessem produzido bem mais do que em 1750, o fizeram substancialmente de maneira antiquada (HOBSBAWM, 2001:48).
Além disso, as