A revolução Industrial e a classe operária no século XIX A Inglaterra, de fins do século XVIII a meados do século XIX, viveu um período conturbado. Foi o período do crescimento das cidades e da população urbana, construção de inúmeras ferrovias, aparecimento de fábricas e das classes sociais da época capitalista: a burguesia, detentora dos meios de produção, e o proletariado, cuja força de trabalho era explorada. Eram os anos da Revolução Industrial.Uma Inglaterra de radicais revolucionários, Christopher Hill com o mundo de ponta cabeça com ideias radicais durante a revolução inglesa de 1640. O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas a vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção. Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas a vapor (maria fumaça) e os trens a vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos. Houve, durante a revolução Inglesa do séc. XVII, a obscura possibilidade das massas populares ganharem a hegemonia do movimento revolucionário. Possibilidade que não foi tão remota quanto se pode pensar pois, entre os populares, idéias radicais fermentavam intensamente, e conforme a Revolução se “aburguesava” os movimentos radicais de origem popular antagonizavam cada vez mais o regime da Commonwealth. A revolução industrial todos os dias, o apito pungente da fábrica, cortava o ar esfumaçado e pegajoso que envolvia o bairro operário e, obedientes ao chamado, seres sombrios, de músculos ainda cansados, deixavam seus casebres, acanhados e escuros, feito baratas assustadas. Sob o frio amanhecer, seguiam pela rua esburacada em direção às enormes jaulas de pedra da fábrica que os aguardava desdenhosa [...] Vozes