Revolução francesa
A questão social passou a desempenhar papel revolucionário quando, na Idade Moderna, os homens começaram a duvidar de que a pobreza fosse inerente à condição humana. Na sua origem, esse questionamento foi pré-revolucionário e americano. Já a América tornou-se o símbolo de uma sociedade sem pobreza muito antes da modernidade, rompendo com seu ciclo natural.
Quando o fato se tornou conhecido na Europa, a questão social e a rebelião dos pobres puderam desempenhar papel verdadeiramente revolucionário. A questão social passou a representar para todas as revoluções, exceto para a Americana, o problema mais urgente e mais difícil de ser resolvido politicamente. Em um estado de constante miséria e submetida à necessidade, “a multidão acudiu ao apelo da Revolução Francesa, inspirou-a, impulsionou-a para frente e, finalmente, levou-a a destruição, pois essa era a multidão dos pobres”.
Quando ela emergiu no cenário da política, com ela surgiu a necessidade. O resultado foi que “o poder do Antigo Regime tornou-se impotente e a nova república nasceu morta. A liberdade rendeu-se à necessidade e à urgência do próprio processo vital” pobreza, por conseguinte, desviou a multidão, levando-a a perder o ‘momento histórico’. Assim, a revolução mudou de rumo, buscando não mais a liberdade, mas a felicidade do povo.
As revoluções demonstraram que todas as tentativas para resolver a questão social por meios políticos promoveram o terror, o que condenava as revoluções à perdição. Quando