Revolução Farroupilha
UM DESAFIO A AUTORIDADE IMPERIAL
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Licenciatura em História (HID0227) – Prática Educativa Módulo IV
RESUMO
Este estudo apresenta os fatores que levaram o Rio Grande do Sul a separar-se politicamente do Brasil. A Revolução Farroupilha eclodiu em 1835, motivada pela inércia do Governo Central em atender as reinvindicações dos grandes estancieiros gaúchos, que desejavam a revisão dos impostos cobrados sobre os seus principais produtos, bem como, um protecionismo face aos produtos similares vindos da Região da Platina. Para lutar contra o centralismo político da Coroa, os estancieiros acabaram aproximando-se dos republicanos, o que acabou dando em um segundo momento, um caráter separatista ao movimento. A maioridade Dom Pedro II é antecipada em 1840 e a partir da chegada do jovem Imperador ao comando do Brasil, a situação no sul passa a ser tratada como mais seriedade. As ações da Coroa, como a nomeação do Barão de Caxias para mediar o conflito, levam ao enfraquecimento gradual do movimento. Em 1845 é finalmente assinado o Tratado de Paz, pondo fim ao mais longo conflito da história do Brasil.
Palavras-chave: Farrapos. Revolução. Coroa.
1 INTRODUÇÃO
O Período Regencial no Brasil (1831 – 1840) foi marcado por uma série de revoltas que tomaram conta do país. A mais extensa destas revoltas eclodiu no Rio Grande do Sul em 1835 e durou mais de dez anos, tendo chegado ao fim apenas em 1845 já no reinado de D. Pedro II.
O movimento foi promovido pelos grandes estancieiros gaúchos, que acusavam a Coroa Brasileira de cobrar excessivos impostos sobre os principais produtos de suas fazendas, o gado e o charque. Além dos entraves tributários, os estancieiros ainda sofriam com a falta de medidas protecionistas do Governo Central em relação aos produtos similares vindos da região da Platina.
O descaso com o qual o Império tratava o assunto estimulou a aproximação entre os