Revolução Cultural da China
De 1958 a 1962, os chineses arriscaram o Grande Salto para Frente, que era um am-bicioso plano de desenvolvimento econômi¬co. Eles chegaram a sonhar em se tornar um país desenvolvido no prazo de apenas 10 anos. Os camponeses se organizaram em grandes cooperativas chamadas comunas rurais. Cada comuna era uma fazenda cole¬tiva (onde tudo pertencia a todos, onde traba¬lhavam em cooperação) com milhares de fa¬mílias camponesas. Essas comunas tinham seus próprios recursos para investir, incluin¬do a instalação de pequenas indústrias, es¬colas e hospitais. Porém o sonho mostrou-se incompatível com a dura realidade. Não ha¬via recursos suficientes para que as comunas rurais pudessem ter todos os serviços que projetavam. Para piorar, aconteceram grandes enchentes, que destruí¬ram plantações e provocaram fome. O Gran¬de Salto para Frente tinha fracassado. O re¬sultado foi uma terrível epidemia de fome que matou milhares de pessoas.
Nas primeiras décadas do século XX, a população chinesa passava por intensas dificuldades econômicas que pioraram drasticamente as condições de vida do povo chinês. Mediante um movimento contra a presença estrangeira no país, a dinastia Manchu deu fim ao governo imperial e criou um novo governo: a República da China. Mesmo com tal mudança, ainda em 1915, o país foi politicamente dominado pelo governo japonês. Insatisfeitos com a dominação nipônica, uma grande mobilização política do povo chinês promoveu, em 1921, a criação do Partido Comunista Chinês. Em virtude de seu forte apelo popular, o novo partido foi visto como uma ameaça à ordem