A Revolução Chinesa
Enquanto marco histórico, podemos assinalar o ano de 1949 como o principal da Revolução Chinesa. Mas enquanto processo histórico, nós precisamos entender os antecedentes da revolução para poder estudar o ano de 1949 e seus anos posteriores deste que foi um dos principais movimentos populares do século XX.
Os antecedentes da Revolução Chinesa: Chiang Kai-shek, líder do Kuomintang a partir de 1925
Durante todo o século XIX e início do século XX as potências imperialistas européias – em especial a Inglaterra – mandaram e desmandaram na China. O interesse comercial na região era grande pois não é de hoje que nós temos muita gente vivendo por lá. O raciocínio é aquele de sempre: muita gente, muita procura por produtos, muito comércio.
Ainda no início do século XX os chineses se mobilizaram para expulsar os estrangeiros de suas terras e seus negócios. Xuantong, o último imperador da dinastia Manchu, foi deposto por forças populares que acabaram com o Império chinês e fundaram a República da China em 1911. Este evento é conhecido como Revolução Xinhai.
Houve, inicialmente, uma diminuição da interferência européia no comércio chinês, mas o Japão passou a estender suas garras pela região, principalmente após 1915. Com o início da Primeira Guerra Mundial os europeus, enfraquecidos pelo conflito, deram lugar definitivo para os japoneses na influência comercial da China. Para vocês terem uma ideia, o Japão chegou a controlar cerca de 45% do território chinês entre as décadas de 1930 e 1940.
A população, que já não suportava a miséria, principalmente no campo, apoiou a criação do Partido Comunista Chinês em 1921, mas seus integrantes logo foram perseguidos pelas lideranças do Kuomintang, o Partido Nacionalista, que passou a controlar a China a partir de 1911. O Kuomintang foi fundado logo após a Revolução Xinhai, de forma que o partido estava completamente entranhado no governo chinês.
Acuados por um governo que era submisso ao Japão e que não