Revolução Cultural Chinesa
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Foi um período de transformações políticas e sociais que agitaram a China entre 1966 e 1976, regida por Mao Tsé-tung (que liderava o país desde 1949, quando os comunistas chegaram ao poder). Cujo objetivo era neutralizar a crescente oposição que lhe faziam alguns setores menos radicais do partido, em decorrência do fracasso do plano econômico Grande Salto Adiante (1958-1960). Insatisfeito com o sistema que ele havia implantado, Mao desejava que a China fugisse do modelo soviético de comunismo, pois o considerava falido e desigual, já que os burocratas do governo viviam num mundo irreal, com mordomias que o resto da população não tinha. Assim, numa reunião do Comitê Central do Partido Comunista Chinês (PCC), em agosto de 1966, ele lançou formalmente a Revolução Cultural. "Mao tinha quatro objetivos: corrigir o rumo das políticas do PCC; substituir seus sucessores por líderes mais afinados com o que pensava; assegurar uma experiência revolucionária à juventude chinesa; e tornar menos elitistas os sistemas educacional, cultural e de saúde. Foto de Mao Tsé-tung A revolução cultural chinesa foi consequência indireta do programa conhecido como Grande Salto Adiante, lançado em 1958. O Grande Salto tinha por objetivos estruturar a produção agrária em sistema cooperativo e organizar a produção industrial, além de outros objetivos específicos como o aumento da produção de minerais através de milhões de pequenas unidades produtoras – os fornos caseiros. Porém em 1961 o programa foi abandonado, em razão de diversos insucessos tais como a morte de 65 milhões de chineses e o rompimento entre a China e a União Soviética no ano anterior.
Como consequência do fracasso do Salto houve um período de grande fome no começo da década de 1960, pois a produção agrícola se encontrava em um estado de quase colapso. Diante disto, na