Revolução Chinesa
A Revolução Chinesa, ocorrida em 1949, provocou profundas transformações na China que até hoje se faz presente no cotidiano de seu povo. Para entender essa revolução, devemos nos voltar para a situação da China do século XIX. Naquele período, o país sofreu com a dominação imperialista promovida pelas nações capitalistas européias, principalmente, da Inglaterra.
Nas primeiras décadas do século XX, a população chinesa passava por intensas dificuldades econômicas que pioraram drasticamente as condições de vida do povo chinês. Mediante um movimento contra a presença estrangeira no país, a dinastia Manchu deu fim ao governo imperial e criou um novo governo: a República da China. Mesmo com tal mudança, ainda em 1915, o país foi politicamente dominado pelo governo japonês.
O povo chinês, que havia sido saqueado, dividido e humilhado pelas chamadas potências imperialistas durante o século XIX e XX, lutou contra a sangrenta invasão japonesa, que chegou a ocupar mais da metade do território chinês nos anos 30 e 40 do século XX. Por isso, os comunistas liderados por Mao Tsé-tung, e com a criação do Partido Comunista Chinês (PCC), devido seu forte apelo popular, o novo partido foi visto como uma ameaça à ordem governamental e, por isso, seu líderes e participantes passaram a ser perseguidos pelas autoridades do país. O esforço dos militantes comunistas como uma luta antiimperialista que devolveria à China o seu lugar de grandiosidade ocupada no passado, no imaginário da população chinesa, era como se uma nova dinastia imperial, jovem e forte, chegasse ao poder.
Após contribuírem com a expulsão dos japoneses, os “comunistas” ainda tiveram que lutar contra os “nacionalistas” chineses, liderados por Chiang Kai-shek, que comandava o Kuomintang — Partido Nacionalista da China. Com a derrota, os nacionalistas acabaram por fugir para a Ilha de Formosa, onde, em 8 de dezembro de 1949, fundaram a cidade de Taiwan.
A Revolução Chinesa não resultou de uma