revolução cubana
Os Rumos da Revolução Cubana
Andresa da Mota Silveira Rodrigues
Bárbara Sun Ribeiro
Felipe Oliveira Dias
Pedro de Souza Melo
1. Introdução1
O presente artigo apresenta a Revolução Cubana, as suas origens na sociedade cubana, como ela se relaciona à conjuntura internacional do período, e suas consequências, tanto internas quanto externas.
O Ano-Novo de 1959 marcou a vitória dos revolucionários comandados por Fidel Castro sobre o governo ditatorial de Fulgencio
Batista, após anos de conflito. Embora não fosse um regime comunista inicialmente, as divergências da ilha com o governo norte-americano fizeram com que a única alternativa restante fosse a aproximação com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(URSS)(BANDEIRA, 1998).
Durante a Revolução, Fidel conseguiu fazer com que o povo se levantasse e lutasse pelo que queria, unidos pelo descontentamento com o governo Batista, ao mesmo tempo alimentando a paixão de todos pelo país.
Sob Castro, Cuba tornou-se um país comunista em que o nacionalismo era mais importante do que o socialismo, onde a lenda de Martí mostrou-se mais influente do que a filosofia de Marx. A habilidade de Castro, e uma das chaves da sua longevidade política, está em manter os temas gêmeos do socialismo e do nacionalismo permanentemente em movimento. Ele devolveu ao povo cubano a sua história, capacitando-o a ver o nome de sua ilha firmemente gravado na história global do século XX (GOTT, 2006, p.173).
1
Agradecemos ao Prof. Carlos Eduardo Vidigal, do Departamento de História da UnB, por seu auxílio na revisão deste artigo.
17
Simulação das Nações Unidas para Secundaristas – 2012
18
Após a vitória da Revolução liderada por Castro, são instituídas medidas de caráter cada vez mais comunista, como é o caso da reforma agrária realizada pelo governo, proibindo pessoas de possuir propriedades acima de 400 hectares (WIESEL, 1968).
Entretanto, a Revolução Cubana teve repercussões no contexto
externo