Revolução Camponesa de 1831
O século XVIII foi marcado por inúmeras lutas de resistência por parte da população camponesa. A situação de precariedade foi o que motivou os homens do campo a se insurgirem contra seus exploradores. Os conflitos se espalharam pela França, gerando o receio em todos as ordens sociais, os camponeses então tiveram a dimensão da sua força. Em meados de 1789, os camponeses possuíam uma parte considerável do solo francês, porém, como eram numerosos, a terra era partilhada e muitos ficavam com uma pedaço mínimo ou até mesmo com nada. No Norte da França, por exemplo, 77% da população não possuíam nem um hectare .Essa situação dificultava a subsistência desses homens, pois com a escassez de terras, não conseguiam produzir o suficiente para pagar os encargos, os impostos e se alimentarem. Dessa forma, as propriedades arrendadas eram freqüentemente invadidas, havendo inclusive reivindicações para que terras reais e do clero fossem distribuídas.
A colheita para o camponês representava sua fonte de vida, seu trabalho, seu futuro. No inverno, período em que ela era comprometida, eles viviam de acordo com o estoque. guardado da colheita anterior, e caso esta não tivesse sido muito proveitosa, tinha-se a certeza de tempos de fome. Além disso, os comerciantes, agindo de acordo com os grandes proprietários, direcionavam parte do que era colhido para vender em outras regiões a bons preços, o que indignava muitos camponeses. A vida desses homens era vulnerável, não apenas pelas variações climáticas que afetavam a produção dos alimentos, mas também pelas guerras que geravam o aumento de impostos, a maior exploração no campo e a devastação das terras.
A situação econômica da França de meados de 1770 até a Revolução estava se agravando, pois além do déficit do tesouro real, gastava-se mais do que era arrecadado, o apoio aos americanos na Guerra de Independência dos Estados Unidos gerou maiores gastos à monarquia.