Revolução Boliviana e a influência dos EUA
Inicialmente, no período colonial a colonização da América do Sul era baseada na exploração de seus recursos naturais. Como é o caso da Bolívia em que os espanhóis encontraram recursos que logo justificariam sua exploração. Porém, a exploração desses recursos não se desvinculou do padrão vigente no período colonial. Exploradas por empresas diretamente ligadas a setores estrangeiros, responsáveis pela demanda desses recursos, essas atividades abasteciam uma elite restrita. A América Latina passava no período pós-segunda guerra mundial por um momento de rearranjo das forças políticas e sociais. A Revolução Boliviana instaura-se ainda com a não superação do atraso econômico e da dominação imperialista sobre a região. No contexto internacional os EUA por já ser uma nação hegemônica, apresenta uma posição ofensiva que visa consolidar e aprofundar os laços de controle sobre o conjunto do continente sul-americano. Em 1952 a situação boliviana não é diferente, devido ao fato do país ser um estado frágil política e economicamente, e estar totalmente dependente da ajuda dos EUA, o governo boliviano muitas vezes ajustou as suas políticas para ações de cooperação dos EUA.
O posicionamento dos EUA à revolução
Quando o MNR subiu ao poder em 1952, é iniciada uma inquietação em Washington. Especificamente, a preocupação era devido a orientação ideológica do partido, que era explicitamente revolucionária e nacionalista, tendo uma esquerda influente. Além disso, havia a preocupação no governo estadunidense que os camponeses fortemente armados e milícias dos trabalhadores sob uma forte influência marxista, poderiam acabar controlando o país pela força. A popularidade do governo do MNR, o desarranjo sistemático das forças armadas, e corroído o poder político dos oligarcas, fez com que os EUA tivessem pouca ajuda para construir uma aliança com as forças políticas tradicionalmente conservadoras como um meio para forçar uma mudança de governo, forma