Revolução Agrícola - Teoria Geral do Estado
Introdução
A Revolução Agrícola foi um dos fatos mais importantes da história. Esse processo permitiu aos homens se sedentarizarem e, como toda revolução, inovou os modos de viver em sociedade trazendo melhorias na qualidade de vida e novas técnicas de trabalho, permitindo assim um grande desenvolvimento sociocultural. Os estudos apontam que os primeiros grupos a passar por tal revolução existiram há aproximadamente 10 mil anos, no Crescente Fértil, sendo, consequentemente, nessa época o começo da lenta transição de sociedades tribais para sociedades mais complexas. Contudo, ao redor do mundo, cada sociedade passou por essa transformação em tempos cronológicos diferentes, de acordo com sua realidade.
1. O homem antes da Revolução Agrícola Antes mesmo da Revolução Agrícola, o ser humano já possuía características culturais e técnicas de trabalho. Lentamente ao longo do tempo, ele desenvolveu maneiras de enfrentar e entender a natureza, assim como formas de facilitar o convívio social. Porém esses mecanismos eram muito precários tanto para garantir uma alta qualidade de vida diante das condições adversas da natureza como para manter uma união social sobre grandes contingentes populacionais, o que levava esses grupos a rivalidades, divisões e dispersões entre eles próprios, e a se dedicarem quase que integralmente à obtenção de alimentos. Foi devido a essa procura de alimentos e separações de tribos que os humanos se espalharam por praticamente toda a superfície terrestre, iniciando o isolamento geográfico que viria a criar as mais diferentes culturas e etnias. Esses pequenos bandos nômades obtinham seus alimentos através da coleta de raízes e frutos e da caça de animais; tinham a vida regida pelas mudanças na natureza, adaptando-se sempre às estações e à rotina dos animais a sua volta. Em determinado momento, depois de milênios de observações e experimentos, alguns desses bandos passaram a entender melhor a natureza e desenvolveram as primeiras